sábado, 17 de fevereiro de 2024

O que é a fé?


A fé, segundo a Bíblia, é a confiança plena e inabalável em Deus e na sua palavra.

A fé é uma certeza interior de que Deus é quem Ele diz ser e que Ele fará o que prometeu:

Jesus é Deus que se tornou homem sem deixar de ser Deus, viveu uma vida perfeita de completa obediência aos mandamentos das Escrituras, e se entregou para morrer em nosso lugar e por nossos pecados. O sacrifício de Jesus foi a maneira de Jesus assumir as nossas culpas para podermos receber o perdão de Deus. E Deus salvará completamente aqueles que assumiram o compromisso da fé nele.

A fé é o fundamento da nossa esperança e a prova das coisas que ainda não vemos

A fé genuína nos leva a confiar nas promessas de Deus, mesmo quando não podemos vê-las, e nos capacita a submeter-nos à Sua vontade mesmo quando não compreendemos totalmente. 

A fé é uma resposta ativa que molda nossa perspectiva e nossas ações. Isso significa uma entrega total de si mesmo a Deus, seguindo suas Palavras e ensinos, colocando-se sob a Sua proteção e cuidado. Tudo isso por meio da confiança em Jesus Cristo e em seus ensinamentos.

A Bíblia diz que a fé é o firme fundamento de coisas que esperamos, e a prova de coisas que não podemos ver (Hebreus 11:1). 

Essa definição bíblica expressa uma certeza interior, uma convicção prática com relação à esperança cristã e uma firme continuidade nela, que não se esgota, numa total dependência de Jesus Cristo. Essa segurança tem por base evidências objetivas, descritas ao longo da história que revelam que Deus é confiável, todo-poderoso e fiel. 

Embora não seja visível, Deus é infalível e justo em tudo que afirmou e prometeu na Sua Palavra.

A fé é o único meio para se ter acesso à salvação eterna. Portanto, a importância da fé na vida cristã é indiscutível. 

A Bíblia nos ensina que somos salvos pela graça, por meio da fé em Jesus Cristo (Efésios 2:8-9).

A fé é o meio pelo qual recebemos a salvação e estabelecemos um relacionamento pessoal com Deus.

É também por meio da fé que nos aproximamos Dele, confiando em Suas promessas e experimentando Sua presença e orientação em nossa vida diária. (Hebreus 11:6)

A fé nos capacita a confiar em Deus em todas as circunstâncias, sabendo que Ele é fiel para cumprir o que prometeu.

Mas antes da fé vem o arrependimento. E arrependimento é mudança de vida. É reconhecer os seus pecados e voltar atrás em decisões, atitudes e no modo de vida que não agrada a Deus.

1Tessalonicenses 1:9 mostra que os cristãos da cidade de Tessalônica demonstravam sua fé de uma maneira prática:
"Todas as pessoas desses lugares falam da nossa visita a vocês e contam como vocês nos receberam bem e como vocês deixaram os ídolos para seguir e servir ao Deus vivo e verdadeiro."

A conversão é a transformação do coração, da fé e da vida de uma pessoa que crê no sacrifício de Jesus e em seus ensinamentos, e a leva a viver para Jesus e não para si mesmo.

"Ele morreu por todos para que os que vivem *não vivam mais para si mesmos*, mas vivam para aquele que morreu e foi ressuscitado para a salvação deles.
(2 Coríntios, 5:15)

A conversão desperta o desejo de conhecer a Deus e a Sua Palavra.

A fé que Deus exige de nós é a fé em Jesus Cristo como único e suficiente salvador e em Sua Palavra (a Bíblia), como única regra de fé e conduta.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

O que é juntar tesouros no céu?

Juntar tesouros no céu é uma expressão bíblica que significa investir na vida espiritual e nas obras de Deus, em vez de se apegar às riquezas materiais e passageiras deste mundo. É uma forma de demonstrar fé, amor e obediência a Deus, buscando agradá-lo e honrá-lo com a nossa vida.
A vida não é só trabalho, é também devoção a Deus. Precisamos investir tempo em nosso crescimento espiritual.

Segundo a Bíblia, os tesouros no céu são recompensas eternas que Deus reserva para aqueles que o seguem e praticam a sua vontade. Essas recompensas são muito mais valiosas do que qualquer coisa que possamos ter na terra, pois não podem ser destruídas, roubadas ou perdidas. Além disso, os tesouros no céu revelam o nosso coração, pois onde está o nosso tesouro, aí também está o nosso afeto. (Mateus 6:19-21).

Porém, não podemos esquecer que só aqueles que são salvos, que assumiram o compromisso da fé exclusivamente em Jesus Cristo e nasceram de novo, poderão receber esses tesouros.

Algumas formas de ajuntar tesouros no céu são:

- Ser pacífico, misericordioso, humilde, puro e justo. (Mateus 5:3-12)

- Dar esmolas, orar e jejuar em secreto, sem buscar a aprovação dos homens. (Mateus 6:1-18)

- Perdoar os que nos ofendem e amar os nossos inimigos. (Mateus 6:14-15; Mateus 5:43-48)

- Servir aos necessitados, aos doentes, aos presos e aos estrangeiros, como se fosse ao próprio Cristo. (Mateus 25:31-46)

- Negar a si mesmo, tomar a sua cruz e seguir a Jesus. (Mateus 16:24-27)

- Estudar as escrituras e frequentar uma comunidade de fé (Salmo 119:105; Hebreus 10:25):

Estas duas últimas são formas importantes de se aproximar de Deus e de sua vontade, além de fortalecer a sua fé e o seu amor. Estudar as escrituras é uma maneira de conhecer melhor a palavra de Deus e a sua revelação em Jesus Cristo, o Verbo Divino. 
Frequentar uma comunidade de fé é uma oportunidade de conviver com outros cristãos, compartilhar experiências, receber orientação espiritual e participar de atividades que edificam a igreja e o reino de Deus. 
Ambas as práticas são recomendadas pela Bíblia e pelos líderes da igreja, como forma de crescer na graça e no conhecimento de Deus.

O tempo está passando e logo nossa jornada chegará ao fim.
Compareceremos diante de Deus para prestar contas daquilo que fizemos com a nossa vida o nosso tempo.
Adiar o cuidado com a vida espiritual e a reconciliação com Deus pode ser perigoso para o destino de sua alma.

Em Lucas 12:16-21 vemos a história de um homem que fez planos para seu trabalho e aposentadoria, mas não buscou a Deus enquanto teve tempo. O resultado foi que ele morreu de repente e seus planos foram frustrados, pirque ele só pensou nos tesouros da terra. 

Faça diferente, ajunte tesouros no céu. 
Busque a Deus enquanto você ainda tem tempo.

Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.*
*Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo,  os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.
Isaías 55:6-7

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Tempos de benção, tempos de perigo


Quando tudo vai bem somos tentados a não andar mais com Deus.

Isso acontecia o tempo todo no período dos juízes. Nos tempos de paz e prosperidade, o povo de Israel relaxava em sua devoção e começava a se afastar de Deus e a enveredar pelos caminhos do pecado e da idolatria.

Isso aconteceu também com Roboão. Roboão, filho de Salomão, foi o primeiro rei do Reino de Judá. Com Saul, Davi e Salomão Israel era um país só. Quando Roboão herda o trono, logo após a morte de Salomão, por causa de sua insensatez, o reino se divide e dez tribos o rejeitam como rei: as dez tribos ao norte formam o Reino de Israel, duas tribos ao sul formam o Reino de Judá.

Enquanto Roboão precisava de Deus, ele O buscou e foi fiel. Mas quando as coisas começaram a dar certo, quando seus sonhos começaram a se concretizar, quando seu governo se estabilizou, ele começou a se afastar de Deus. O texto de 2 Crônicas 11:16-17 e 12:1 diz assim:

"Pessoas de todas as tribos de Israel que, com todo o coração, queriam adorar o Senhor, o Deus de Israel, seguiram os levitas até Jerusalém para oferecer sacrifícios ao Senhor, o Deus dos seus antepassados. Isso serviu para tornar mais forte o reino de Judá e firmar o poder de Roboão, filho de Salomão, como rei DURANTE OS TRÊS ANOS EM QUE ELE SEGUIU O EXEMPLO DE DAVI E SALOMÃO... LOGO QUE ROBOÃO FIRMOU SEU PODER COMO REI DE JUDÁ, ELE E TODO O SEU POVO DEIXARAM DE OBEDECER À LEI DE DEUS, O SENHOR." 

Este relato não revela apenas o caráter de um homem, mostra a tendência que está no coração do ser humano. Quando estamos sofrendo, quando precisamos de ajuda, quando estamos ansiosos por concretizar nossos projetos de vida, buscamos a Deus diligentemente. Mas quando tudo vai bem corremos o risco de esfriar nossa devoção e nossa fidelidade. Corremos o risco de abandonar o Senhor, ou de pelo menos mantê-lo como um simples acessório em nossa vida, ao lado de tantas outras prioridades.

A Palavra de Deus nos mostra casos como o de Roboão para nos desafiar a manter o fogo da paixão por Cristo mesmo em tempos de benção. Seja grato, busque a Deus fervorosamente, lute para ser fiel, alimente-se da Palavra com profundidade, tenha um coração quebrantado, lute para mudar, ame a Deus, mesmo quando tudo vai bem. Não espere vir a crise para fazer isso.

Será que isso vai dar certo?

        

        Você já ouviu a expressão “balaio-de-gato”? Talvez sua mãe já tenha usado esta expressão para descrever o estado do seu quarto. Significa bagunça, confusão. É o que provavelmente aconteceria se você colocasse vários gatos dentro de um balaio e o fechasse. Depois de algum tempo, todos aqueles gatinhos bonitinhos e fofinhos iam começar a se estranhar. Ali dentro, apertadinhos, os gatos não conseguem fugir de sua própria natureza. Eles vão agir e reagir como gatos.

Agora imagine uma porção de pecadores, todos juntos, reunidos num mesmo lugar, tendo que conviver e trabalhar juntos. Sabe o que pode acontecer? Algo muito semelhante com o que acontece com os gatos. Pecadores vão agir e reagir como pecadores. E mesmo assim, Deus decidiu fazer uma coisa dessas quando instituiu a sua Igreja. Comunidades locais, espalhadas por todos os lados, formadas por pessoas imperfeitas e com uma natureza nada fácil de ser controlada. E por que Deus resolveu fazer uma coisa dessas? Para revelar sua glória ao mundo.

O Evangelho é a mensagem do arrependimento e do perdão dos pecados. Aqueles que se entregam a Cristo, crendo no seu sacrifício por nós, nascem de novo, recebem uma nova natureza da parte de Deus. Mas com um detalhe: a velha natureza não é retirada. Pelo menos não neste momento. Por isso aguardamos a volta de Cristo com ansiedade. O mais interessante nisso tudo é que Deus nos manda viver juntos nessa situação: como pecadores. Salvos, regenerados, perdoados. Mas ainda pecadores, necessitados da graça e da misericórdia divinas.

Será que isso vai dar certo? Deus tem um plano. Ele nos deu o seu Espírito e a sua Palavra para dirigir nossas vidas e nos ajudar a controlar nossa natureza rebelde. Ele nos ensina a amar e perdoar da mesma maneira que Ele nos amou e perdoou (Mateus 5:48 e 6:14-15). Paulo acrescenta: “Sejam bons e atenciosos uns para com os outros. E perdoem uns aos outros, assim como Deus, por meio de Cristo, perdoou vocês.” (Efésios 4:32).

O desafio de viver em comunidade

Viver em comunidade é um dos desafios mais difíceis. Principalmente porque somos todos muito diferentes. Temos preferências, gostos, ideias, temperamentos diferentes. Além do mais, as Escrituras nos revelam que somos todos pecadores (Romanos 3:23). Somos inclinados a atitudes que desagradam a Deus e ofendem ao próximo, e frequentemente as tomamos, por mais que tentemos evitá-las.

É inevitável que na convivência, haja desavenças, desentendimentos, conflitos. E todo pecado cometido contra o próximo, é também e em primeiro lugar uma ofensa a um Deus santo. Por isso você não pode separar a comunhão com Deus da comunhão com o irmão.

João descreve a comunhão com Deus com a expressão “andar na luz”. Ele afirma: inspirado pelo Espírito Santo: “Quem diz que vive na luz e odeia seu irmão está na escuridão até agora” (1 João 2:9). Em outras palavras, se você diz que anda com Deus, mas nos momentos de conflito deixa as mágoas envenenarem seu coração ao ponto dele ficar amargurado, caminhando para o rancor (daí é só um passo para o ódio) sem buscar a reconciliação e o perdão, isso pode ser um sinal de que você ainda não nasceu de novo. Mais à frente, João faz outra afirmação estarrecedora: “A diferença clara que existe entre os filhos de Deus e os filhos do Diabo é esta: quem não faz o que é correto ou não ama o seu irmão não é filho de Deus” (1 João 3:10).

É por isso que existe o perdão e a provisão do sangue de Jesus, que nos purifica de todo pecado. Sempre que confessamos esses pecados ao Senhor, concordando com Ele, que pecado é pecado, e reconhecendo nossa culpa, somos purificados (1 João 1:9). O arrependimento e a confissão acertam as coisas com Deus. Mas você precisa também acertar as coisas com o irmão. Jesus ensinou que “se você estiver oferecendo no altar a sua oferta a Deus e lembrar que o seu irmão tem alguma queixa contra você, deixe sua oferta ali, na frente do altar, e vá logo fazer as pazes com o seu irmão. Depois volte e ofereça a sua oferta a Deus.” (Mateus 5:23-24). Vá logo.

terça-feira, 14 de julho de 2020

O melhor pão

Como é bom começar o dia com um bom café e um pão quentinho, daqueles que faz a manteiga derreter! Quem gosta disso geralmente tem uma padaria preferida, onde o pão sai do seu gosto, macio e saboroso por dentro, crocante por fora. Você tem a sua? Sabe qual é a melhor padaria do bairro? Pode recomendar alguma para seus amigos?
Em toda a história, na maior parte dos países, o pão sempre ocupou um lugar importante na alimentação. Tanto que a palavra “pão” muitas vezes é usada como sinônimo para o sustento, o alimento que precisamos para sobreviver. Por isso costumamos dizer que trabalhamos para ganhar o pão. Alguns até se lembram de pedir a Deus o pão de cada dia. Aliás, foi Jesus Cristo que ensinou seus discípulos a orar, pedindo ao Pai Celestial: “O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje.”
E foi o próprio Jesus que ensinou que “nem só de pão vive o homem”, mas também da Palavra de Deus. Isso quer dizer que o ser humano não tem apenas necessidades físicas, ele também tem necessidades espirituais! Nós precisamos tanto do alimento espiritual quanto do alimento material. Talvez mais.
Isso quer dizer que há uma fome em nosso coração, que a comida não pode matar, que as coisas deste mundo não podem satisfazer. Nem os bens materiais, nem a diversão, nem mesmo aquilo que tem muito valor para nós, como por exemplo os amigos. Por isso Jesus também afirmou: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer desse pão, viverá para sempre.” (João 6:58).
Com esta frase ele queria nos ensinar que Ele mesmo veio do céu para trazer satisfação completa aos nossos corações. Quem se alimenta dele, isto é, aprende com ele as lições espirituais, encontra paz completa, alegria verdadeira, sentido para a vida, propósito para sua existência. E ainda mais: vida para sempre!
Você não gostaria de provar deste pão? Você não gostaria de conhecer melhor os ensinamentos de Jesus?

Por acaso a jovem esquece os seus enfeites?

"Por acaso a jovem se esquece dos seus enfeites, ou a noiva, dos seus adereços? Todavia, o meu povo se esqueceu de mim por dias sem fim." (Jeremias 2:32)

Meninas são muito especiais. Elas são delicadas, cheias de graça, carinhosas. Acompanhar o crescimento de uma menina é uma experiência apaixonante. Quando são crianças, brincam de muitas coisas, na maior parte das vezes gostam de bonecas. Gastam horas vestindo, maquiando e penteando suas bonequinhas. 
Até que chega um dia em que, de uma hora pra outra, as bonecas perdem o encanto. E elas, que sempre entravam correndo nos ambientes, esbarrando nas coisas, ficam mais compenetradas, não menos sorridentes, graciosas, não menos delicadas nem menos belas...
E, de repente, aparecem vestidas com vestidos de gente grande, maquiadas, olhos delineados, batom marcante, penteadas, um saltinho, brincos, anéis, colares e pulseiras.
De um dia para o outro uma transformação aconteceu. E o pai, especialmente, olhando aquela mocinha  toma um susto e pensa logo onde estaria a menininha que ele tinha em seus braços não fazia muito tempo.
Daquele dia em diante, ela não sai mais sem seus adereços. Não vai faltar um brinco ou uma pulseita, um colarzinho ou anel. Ela jamais sairá de casa sem uma peça que valorize e enfeite sua beleza.
Nos tempos do profeta Jeremias, guardadas as proporções culturais e temporais, devia haver um comportamento semelhante. E Jeremias devia ter reparado nas jovens que jamais sairiam de casa sem seus enfeites.
Então, Deus, olhando com tristeza para seu povo, que o havia abandonado, adorando outros deuses; olhando para seu povo que estava atarefado e ocupado com tantas coisas, que não se lembrava mais do seu Criador, chama Jeremias e diz ao profeta num tom de lamento: 
"Jeremias, observe essas jovenzinhas. Você já notou como elas saem de casa e jamais esquecem seus enfeites?
Pois é. Todavia o meu povo se esqueceu de mim por dias sem conta."
Será que você que esta lendo estas linhas é um destes que, por causa da correria, dos compromissos, das demandas, da agenda cheia, deixou Deus de lado no seu dia a dia e na sua vida?
Israel ouviu a mensagem por meio de Jeremias e nem ligou. Continuou na loucura dos seus caminhos até a ruína veio sobre toda a nação.
Viver sem Deus não pode acabar bem.
O chamado do Senhor para você hoje é este: lembre-se dele e volte pra Ele. 
Arrependa-se. Coloque Deus de volta na sua agenda.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Discipulado: a essência do ministério e da missão da igreja

O grande mandamento que Jesus deixou aos seus discípulos está em Mateus 28:19-20: "Ide, fazei discípulos..."
Jesus estava dizendo a eles que deveriam fazer com outros aquilo que ele mesmo havia feito com eles.
Fazer discípulos, portanto, não é uma opção para os cristãos. É mandamento. É a essência do ministério e da missão da igreja.

Como Jesus fez isso?
Em Marcos 3:13 vemos que Jesus chamou alguns homens para perto, para conviverem com Ele. Onde Jesus ia eles iam com Ele. Jesus gastava tempo com cada um deles, ensinava-os sobre a natureza e os valores do Reino de Deus, ministrava a eles o ensinamento das Escrituras, compartilhava com eles sua própria vida, permitia que os discípulos vissem o que Ele fazia. Jesus os ensinava andando pelo caminho, navegando num barco, assentados à mesa.
Os primeiros discípulos fizeram o mesmo, gastaram tempo com outras pessoas, levando o Evangelho a elas e ensinando-as a obedecer a todas as coisas que Jesus havia ensinado.

Barnabé discipulou Paulo. Esteve com ele por pelo menos 11 anos. Barnabé integrou Paulo na igreja, ajudou-o a entender a vida com Deus, treinou-o para o ministério, caminhou com ele durante a sua primeira viagem missionária.

Paulo, por sua vez, gastou tempo com Silas, Timóteo, Tito, Sópatro, Aristarco, Segundo, Gaio, Tíquico, Trófimo, Sóstenes e outros. Paulo os chamava pra perto, os levava em suas viagens e investia na vida deles, ensinando-lhes as Escrituras, ensinando-os a ser como Jesus.

Em Tessalônica, por exemplo, Paulo e seus companheiros Silas e Timóteo, fizeram discípulos entre os convertidos daquela cidade. E aqueles irmãos, bem discipulados se tornaram bons discipuladores. 

Veja 1Tessalonicenses 1:6-8. O texto destaca que aqueles irmãos se tornaram imitadores de Cristo e dos seus discipuladores, de tal maneira que o Evangelho, a partir deles, se espalhou por toda Macedônia e Acaia. Como isso aconteceu, num espaço de tempo de no máximo um ano, se não havia os recursos tecnológicos de comunicação que temos hoje? Eles provavelmente foram às cidades da região e reproduziram o mesmo tipo de ministério que os alcançou. Foram, contactaram pessoas, anunciaram o Evangelho a elas e passaram a gastar tempo com elas ensinando-as a andar com Jesus.

Este é o chamado de Deus para todos os cristãos. Ser e fazer discípulos. Esta é a nossa tarefa mais importante. Este é o verdadeiro chamado e a verdadeira essência do ministério e da missão da igreja.